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Díaz garante redução da jornada de trabalho para 37,5 horas: "Vai demorar o tempo que for preciso, mas vamos vencer."

Díaz garante redução da jornada de trabalho para 37,5 horas: "Vai demorar o tempo que for preciso, mas vamos vencer."

A segunda vice-presidente do Governo e ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, afirmou neste domingo em Sevilha que o governo central conseguirá, em última instância, a redução da semana de trabalho para 37,5 horas, afirmando que "levará o tempo que for preciso, mas venceremos".

Isso foi expresso em um evento promovido pelo Movimento Sumar e também apoiado pela IU, focado na defesa da redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, que o Governo consagrou em um projeto de lei aprovado pelo Conselho de Ministros em 6 de maio. Este evento coincide com a chegada do projeto ao Congresso, onde atualmente não conta com o apoio necessário para prosperar.

Para Díaz, a redução da jornada de trabalho "não é apenas mais uma variável econômica", mas sim "um motor de esperança para todo o país e o mundo". Por isso, ela se perguntou "por que eles estão tão determinados a se opor à redução da jornada de trabalho quando a média em nosso país já é de 38,2 horas".

"Por que, Sr. Moreno Bonilla, se existem milhares e milhares de convenções coletivas, mesmo na Andaluzia, que são inferiores a 40 horas e já têm uma semana de 37,5 horas? Por que se opõem tanto se os servidores públicos já têm essa redução?" Díaz continuou, concluindo que "eles se opõem tanto porque sabem que é uma mensagem de esperança para a maioria social deste país".

O líder enfatizou, ao se dirigir aos críticos da medida, que "já nos disseram que era necessária a desvalorização salarial", ou que "as crises se resolvem com demissões, demissões em massa". Eles também "nos disseram, em seu modelo, que o trabalho tinha que ser precarizado, que não havia trabalho para todos", e ele destacou que "Fátima Báñez (Ministra do Trabalho do PP) já nos disse que tínhamos que escolher entre ter um contrato ruim ou o desemprego".

"Dissemos a eles que não era verdade", observou Díaz, acrescentando que "embora ainda haja muito a fazer, nosso país está atualmente abaixo da média europeia de emprego temporário". Assim, ele argumentou que "a próxima parada é o dia de trabalho", esse dia "que dá origem a todas as mobilizações sociais desde o século XIX, que foi o que provocou a primeira manifestação operária no 1º de maio em Madri".

Yolanda Díaz argumentou que o governo espanhol, apesar das discussões internas, manteve sua palavra, então "agora cabe aos partidos políticos no Congresso" aprovar essa legislação. Nesse sentido, ele convocou os "sindicatos classistas andaluzes" e os trabalhadores comunitários a se mobilizarem em defesa da redução da jornada de trabalho, "para dizer a Moreno Bonilla o que vão votar".

Uma medida, destacou ainda, "profundamente feminista", já que "estamos dizendo aos mais de 300 mil trabalhadores de meio período andaluzes e aos 2,5 milhões de trabalhadores de meio período de todo o país que eles também terão direitos", ponto sobre o qual destacou que "estamos corrigindo de forma feminista o impacto de gênero que o meio período tem em nosso país", já que esses trabalhadores "também verão seus salários aumentarem em todo o país", e ressaltou que "muitos contratos de meio período se tornarão permanentes diretamente" com esta medida.

Yolanda Díaz acrescentou que haverá "uma mudança radical na cronometragem para que, em tempo real, não seja mais necessário entrar na fábrica, assinar o número de horas trabalhadas e garantir que tudo esteja feito". Assim, “de forma interoperável e digital, a Inspeção do Trabalho poderá saber em tempo real qual é a jornada de trabalho de qualquer trabalhador em todo o nosso país”, destacou.

Neste contexto, ele sustentou que, quando chegou ao Ministério do Trabalho, "na Espanha, eram realizadas seis milhões de horas extraordinárias irregulares e não remuneradas por semana", enquanto "após um enorme trabalho da Inspeção do Trabalho, hoje são realizados dois milhões e meio".

"É curioso que a direita nunca fale sobre o custo fiscal da redução dessas horas extras, já que no seu país são trabalhadas 293.000 horas extras não pagas por semana", disse ele, pedindo a Moreno que "se recomponha e lute para garantir que essas irregularidades na Andaluzia acabem, para que os trabalhadores possam viver".

O líder também aproveitou o evento para relacionar as condições de trabalho com o 21º Congresso do PP, agendado para 4 a 6 de julho, que "trata-se de determinar se Ayuso (presidente da Comunidade de Madri) ou Feijóo (líder nacional) está no comando, mas não de melhorar a vida dos trabalhadores do nosso país".

Alerta sobre a “agenda global” contra os direitos trabalhistas

Durante seu discurso em Sevilha, Díaz também pediu "conscientização sobre o que está acontecendo no mundo e o que nós, as pessoas aqui, representamos" e alertou sobre uma "agenda global" contra os direitos trabalhistas. Assim, ele se referiu à "lei antissindical de Trump" nos Estados Unidos, ou ao fato de que o presidente argentino Javier Milei "acabou de promulgar uma lei que restringe a liberdade de associação e greves", bem como ao fato de que a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni está "atacando os direitos trabalhistas".

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eleconomista

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